Segundo o The Guardian, há médicos a prescrever idas a museus como um complemento aos tratamentos mais tradicionais para melhorar a saúde mental.

Já há casos em Montpellier, França, e Massachusetts, nos EUA,  bem como na cidade suíça de Neuchâtel, que juntou aos museus os jardins botânicos.

"O projeto piloto em Montreal foi, de certa forma, uma continuação natural de uma tendência que já estava a acontecer no Reino Unido, onde alguns médicos estavam a adotar 'prescrições sociais' que aconselhavam os pacientes a participar em desportos ou atividades sociais", diz Nathalie Bondil, ex-diretora do Museu de Belas Artes francês.

Nos últimos tempos têm surgido vários estudos que mostram que passar tempo em museus pode reduzir o stress e a solidão, melhorar o humor e estimular a saúde mental.

Por isso, estas prescrições culturais podem ser uma ferramenta para os médicos ajudarem os pacientes a lidarem com problemas que não tinham como resolver antes.

No entanto, também há críticas ao método: um pequeno número de pessoas descreveu a experiência como negativa e algumas optaram por não visitar o museu por medo de não se sentirem confortáveis ​​ou bem-vindas, enquanto outras ficaram abaladas depois de serem enviadas para museus que excluíam ou negavam a sua história ou cultura.

Por isso, surge a necessidade de as prescrições serem altamente personalizadas, para se adequarem ao histórico do paciente e, assim, contribuírem de facto para a melhoria da saúde mental.