Em declarações à agência Lusa, Berta Nunes disse concordar com algumas alternativas que têm vindo a ser propostas, como o voto eletrónico ou a introdução do voto por correspondência, como defendeu o Presidente eleito, Marcelo Rebelo de Sousa, no domingo.
A votação nas eleições presidenciais e europeias no estrangeiro só pode ser feita de forma presencial, ao contrário das legislativas, em que é permitido o voto por correspondência.
Nas eleições presidenciais de domingo votaram 27.615 portugueses no estrangeiro, o que representa 1,87% dos 1.476.796 inscritos.
Ainda assim, esta votação foi superior ao dobro da registada em 2016 (13.548).
Desde então, uma alteração legislativa permitiu que ficassem recenseados quase 1,5 milhões de portugueses no estrangeiro, contra os 300.000 até então.
Berta Nunes acredita que se existissem mecanismos que facilitassem o acesso dos portugueses ao ato eleitoral, a votação dos emigrantes e lusodescendentes seria muito maior e garante que é nesse sentido que vai trabalhar.
“Vamos trabalhar no sentido de fazermos com que as nossas comunidades no estrangeiro tenham mais facilidade em votar, principalmente nas presidenciais. O facto de as pessoas terem de se deslocar tantos quilómetros para votar é um impedimento muito grande”, afirmou.
Berta Nunes ressalvou, no entanto, a necessidade de existirem mecanismos de segurança nos processos eleitorais.
Marcelo Rebelo de Sousa foi domingo reeleito Presidente da República com 2.533.787 votos, correspondentes a 60,70% do total de votos expressos. Ana Gomes ficou em segundo lugar, com 12,97%, e aproximadamente 496 mil votos.
O chefe de Estado conseguiu uma votação reforçada, com mais cerca de 119 mil votos do que na sua eleição em 2016, e obteve a terceira maior percentagem em eleições presidenciais em democracia em Portugal e a segunda maior numa reeleição.
Foram contabilizados os votos de todas as 3.092 freguesias e de 96 consulados, estando três consulados com resultados por apurar.
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