O ataque aos órgãos de soberania do Brasil “é uma grande preocupação para todos nós, defensores da democracia”, afirmou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, numa mensagem divulgada através da rede social Twitter.
Von der Leyen expressou o seu “total apoio” ao Presidente do Brasil, lembrando que Luís Inácio Lula da Silva “foi eleito de forma livre e justa”.
Também o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, condenou “firmemente” o “atentado às instituições democráticas do Brasil” e manifestou o seu “total apoio” a Lula da Silva, “eleito democraticamente por milhões de brasileiros através de eleições livres e eleições justas”, referiu no Twitter.
A presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, expressou-se nos mesmos termos, afirmando-se “profundamente preocupada com o que está acontecendo no Brasil” e defendendo que “a democracia deve ser sempre respeitada”.
No domingo, em nome dos 27 Estados-membros da União Europeia, o Alto Representante da UE para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, Josep Borrell, já tinha manifestado o seu “total apoio” ao Presidente do Brasil e condenado o ataque à sede dos três poderes do Estado, em Brasília.
“A União Europeia reitera o seu total apoio ao Presidente Lula e ao sistema democrático brasileiro e expressa solidariedade para com as instituições democráticas que são objeto deste ataque”, disse Borrell.
Milhares de apoiantes do ex-Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, invadiram no domingo a sede do Congresso Nacional e sucessivamente o Palácio do Planalto, sede do Governo, e o edifício do Supremo Tribunal Federal, na capital brasileira.
Os radicais, que não reconhecem o resultado das eleições presidenciais de 30 de outubro, nas quais Lula derrotou Bolsonaro por poucos votos, pediram uma intervenção militar para derrubar o Presidente brasileiro.
A Polícia Militar conseguiu recuperar das três instituições desocupar totalmente a Praça dos Três Poderes, numa operação que resultou em pelo menos 200 detenções.
A invasão, condenada de imediato pela comunidade internacional, começou depois de militantes da extrema-direita brasileira – apoiantes do anterior Presidente - terem convocado um protesto para a Esplanada dos Ministérios, em Brasília.
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