No final das comemorações do 10 de Junho na Suíça, Marcelo Rebelo de Sousa foi questionado pela comunicação social se já tinha decidido os locais das comemorações do próximo ano, escusando-se inicialmente a responder, uma vez que ainda não tinha falado com o primeiro-ministro, Luís Montenegro, que estava ao seu lado.
O chefe do Governo disse que não se importaria com esse anúncio, pelo que o Presidente da República avançou: “Se o primeiro-ministro não se importa, ele percebe porque vou dizer isto, é um sonho que tenho há muito tempo”.
“Se houver condições adoraria que fôssemos à Venezuela, é mudar de continente, é um sonho nosso, de uma comunidade que tem tantos anos e que tanto tem prestigiado do nome de Portugal”, disse.
Questionado o que pensa desta ideia, Luís Montenegro disse que o momento era de balanço do Presidente da República, afirmando apenas compreender a intenção do chefe de Estado.
“Compreendo bem a intenção do senhor Presidente da República de mais uma vez estar ao lado de uma comunidade que tem tido tempos difíceis”, disse.
Sobre se haverá condições políticas e de segurança na Venezuela para este tipo de comemorações, Marcelo Rebelo de Sousa disse não querer acrescentar mais nada.
“É um sonho que tenho há muito tempo, veremos se há condições para realizar o sonho”, admitiu,
Quando assumiu a chefia do Estado, em 2016, Marcelo Rebelo de Sousa lançou, em articulação com o então primeiro-ministro, António Costa, e com a participação de ambos, um modelo inédito de duplas comemorações do 10 de Junho, primeiro em Portugal e depois junto de comunidades portuguesas no estrangeiro. A Suíça foi o sétimo país estrangeiro a acolher a celebração, após França (2016), Brasil (2017), Estados Unidos (2018), Cabo Verde (2019), Reino Unido (2022) e África do Sul (2023), sendo que em 2020 e 2021 só houve cerimónias em Portugal devido à pandemia da COVID-19.
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