“Eu não me agarro ao poder, não quero entrar na história do Quirguistão como o Presidente que fez derramar sangue disparando contra os seus concidadãos. Foi por isso que decidi demitir-me”, disse Jeenbekov, segundo um comunicado divulgado pela Presidência.
De acordo com o mesmo texto, o chefe de Estado disse que “a paz no Quirguistão, a unidade do povo e a calma na sociedade estão acima de tudo o resto”.
A crise política no Quirguistão começou após as eleições legislativas de 04 de outubro, marcadas por acusações de fraude e que deram a vitória a dois partidos pró-presidenciais.
Seguiram-se vários dias de caos e de violentas manifestações que causaram um morto e mais de um milhar de feridos.
O Quirguistão, a mais pluralista, mas também a mais instável das ex-repúblicas da Ásia Central, foi palco de duas revoluções e três dos seus Presidentes foram detidos ou exilados desde a independência.
O ex-Presidente Almazbek Atambaiev, grande rival do atual chefe de Estado, cumpre uma pena de 11 anos de prisão por ter libertado um chefe mafioso. No início da crise foi brevemente libertado por apoiantes.
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