A decisão de alargar as medidas foi tomada numa reunião esta tarde do grupo de coordenação de controlo do surto da doença, em Lisboa, com Isabel Aldir, diretora do Programa Nacional para as Hepatites Virais da DGS, a explicar que será aplicada imunoglobulina, que “protege mais rapidamente, mas de forma mais transitória” do que a vacina.
“Na consulta do viajante a estratégia que vai ser seguida será da aplicação de imunoglobulina, que é igualmente segura e protetora para o viajante e que será alvo de dispensa de farmácia comunitária”, disse.
Neste alargamento de proteção, gratuita no contexto do surto, a especialista referiu será dada atenção a viajantes que se deslocam para países da África, África Subsariana, Ásia e América Central e do Sul.
A responsável sublinhou que a prevenção da doença se destina a “todas as pessoas a quem o médico faça uma avaliação de risco”.
Isabel Aldir referiu que a situação de surto está a ser seguida “a todo o momento” e cuja dimensão ainda se desconhece, mas que “com as medidas que estão a ser definidas se irá ver qual a evolução”.
Com a decisão de hoje, a DGS visa resguardar o uso de vacinas para “quem efetivamente mais precisa”, uma vez que o mercado internacional não dispõe de mais unidades e porque o ciclo de produção demora cerca de dois anos.
Até ao momento, o surto afetou 126 casos: 119 homens e sete mulheres.
Na sexta-feira, a DGS decidiu requisitar cerca de sete mil vacinas contra a hepatite A ao circuito comercial, que serão administradas gratuitamente e sem pagamento de taxa moderadora na Unidade de Saúde da Baixa, em Lisboa.
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