“Tenho certeza de que toda a Câmara se juntará a mim para condenar a morte de Jamal Khashoggi nos termos mais fortes possíveis. Precisamos descobrir a verdade do que aconteceu”, afirmou no parlamento britânico.
Também o líder da oposição, o trabalhista Jeremy Corbyn, condenou o “homicídio horrível”, mas disse que não é suficiente, exortando o Governo a proibir a venda de armas à Arábia Saudita.
O assunto vai ser discutido em profundidade esta tarde, na sequência de uma declaração esperada do ministro dos Negócios Estrangeiros, Jeremy Hunt.
Jamal Khashoggi foi morto no consulado da Arábia Saudita em Istambul (Turquia) em 02 de outubro, alegadamente após um confronto com funcionários.
O ex-ministro dos Negócios Estrangeiros Boris Johnson pediu ao Governo britânico que não “feche os olhos” ao “homicídio” de Khashoggi e entende que se deve pressionar a Arábia Saudita a acabar com a guerra civil “brutal” no Iémen.
Num artigo publicado no “The Daily Telegraph”, o político conservador comparou a morte do jornalista à tentativa de homicídio do ex-espião russo Sergei Skripal com Novichok [um gás neurotóxico] em março, em Salisbury, atribuída pelas autoridades britânicas à Rússia.
Johnson considerou que ambos os casos envolvem “golpes patrocinados por Estados” e que têm como objetivo “amedrontar” os oponentes.
Outro antigo chefe da diplomacia, Jack Straw, também defendeu na BBC Radio 4 “uma ação firme para reduzir o poder desestabilizador do príncipe herdeiro saudita, Mohammed Bin Salman”.
Straw sugeriu que o Governo faça regressar o seu embaixador na Arábia Saudita e suspenda a venda de armas ao país.
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