
O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, pediu às operadoras privadas de energia que ajudem o seu governo a estabelecer a causa do corte de energia sem precedentes de segunda-feira na Península Ibérica.
Segundo o The Guardian, Sánchez disse ainda que devem ser feitas mudanças e melhorias para garantir "o fornecimento e a competitividade futura" do sistema elétrico do país.
Na noite de terça-feira, Sánchez convocou operadores privados de energia — incluindo o presidente da operadora nacional de rede, Red Eléctrica, e representantes da Iberdrola, Endesa, EDP, Acciona Energía e Naturgy — para uma reunião urgente para discutir o apagão.
Num discurso à nação horas antes, o primeiro-ministro espanhol anunciou a criação de uma comissão para investigar o incidente e analisar o papel das empresas privadas de energia.
O juiz do Tribunal Nacional espanhol José Luis Calama anunciou no dia de ontem ter iniciado uma investigação preliminar para apurar se o apagão de segunda-feira da rede elétrica espanhola pode ter sido um ciberataque às infraestruturas críticas espanholas.
Caso se comprovasse esse cenário, o ato constituiria um crime de terrorismo, explicou.
O anúncio foi feito pouco depois de a empresa responsável pela gestão da rede elétrica de Espanha ter descartado a possibilidade de o apagão, que também afetou Portugal e o sul de França, ter sido provocado por um ato de sabotagem cibernética à companhia.
“Com as análises que pudemos realizar até agora, podemos descartar um incidente de cibersegurança nas instalações da Red Elétrica”, disse o diretor de operações da Red Elétrica de Espanha (REE), Eduardo Prieto, numa conferência de imprensa em Madrid.
Prieto insistiu que não foi detetada “nenhuma intrusão” nos sistemas de controlo da empresa.
Segundo o diretor da REE, a empresa trabalhou desde segunda-feira com o Instituo Nacional de Cibersegurança de Espanha, que está na tutela do Centro Nacional de Inteligência.
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