Rutte disse que as forças holandesas do Dutchbat III foram apanhadas entre ‘a espada e a parede’ com “um mandato, equipamento e apoio militar inadequados” para uma missão que “acabou por se revelar impossível de cumprir”, num discurso em que exonerou os veteranos: “Os únicos responsáveis pelo genocídio foram os sérvios bósnios.”
O comandante sérvio bósnio Ratko Mladic entrou na cidade a 11 de julho de 1995 e, após negociar com as forças de manutenção da paz das Nações Unidas (Força de Proteção das Nações Unidas – UNPROFOR) a retirada da área, procedeu à execução de cerca de 8.100 homens, rapazes e jovens. As mulheres e raparigas foram transferidas, após árduas negociações com a ONU, para território bósnio.
Cerca de 400 soldados holandeses retiraram e deixaram cerca de 350 homens desprotegidos antes do massacre.
O Supremo Tribunal dos Países Baixos decidiu em 2019 que o Estado tinha uma responsabilidade limitada pela morte de cerca de 350 homens que vieram pedir para entrar na base das forças neerlandeses, mas foram expulsos e acabaram por cair nas mãos das forças sérvias da Bósnia.
“O mundo falhou-lhes, da forma mais terrível. Para mais de 8.000 homens e rapazes, não havia proteção, nenhum porto seguro. E nós nos Países Baixos estaremos sempre ligados a eles pela história. Hoje e todos os dias”, lamentou o primeiro-ministro, no seu discurso em Schaarsbergen, onde foi observado um minuto de silêncio pelas vítimas civis em Srebrenica e pelos dois soldados holandeses que morreram.
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