Fonte judicial adiantou à agência Lusa que o arguido, professor de 50 anos, foi presente a primeiro interrogatório judicial no Tribunal de Braga, que decretou a medida de coação mais gravosa: prisão preventiva.
Em comunicado, divulgado na quarta-feira, a Polícia Judiciária (PJ) deu conta de que o docente é suspeito “da prática de cerca de, pelo menos, do que foi possível apurar até ao momento, dois mil crimes de abuso sexual de crianças, a maioria agravados, e também, pelo menos, de um crime de pornografia de menores”.
“As diligências investigatórias tiveram início após denúncia feita pela Escola Secundária da Póvoa de Lanhoso, relacionada com relatos de várias alunas de que teriam sido vítimas de abuso sexual por parte do suspeito”, refere a PJ.
Fonte da PJ disse na quarta-feira à Lusa tratar-se de um professor do 1.º ciclo do ensino básico.
“O suspeito vinha praticando os abusos, pelo menos desde o ano letivo 2017/2018 até à atualidade, em contexto de sala de aula e sobre alunas com idades entre os 6 e os 9 anos, na escola básica onde se encontrava a trabalhar”, lê-se no comunicado.
Na sequência de buscas realizadas ao posto de trabalho do arguido, “acabaram por ser localizados e apreendidos alguns objetos que poderão estar relacionados” com a prática destes crimes, acrescenta a Polícia Judiciária.
A mesma fonte da PJ indicou que o professor já tinha lecionado em escolas do Porto, de Vila Nova de Gaia, de Barcelos e de Amares.
“Sendo, por isso, ainda desconhecida a real dimensão da sua atividade criminosa”, sublinha ainda o comunicado.
Segundo revela hoje o Jornal de Notícias, o professor tinha imagens de algumas alunas nuas no seu computador.
"Fonte judicial disse ao JN que o docente pediu a várias alunas que lhe enviassem, por meios informáticos, imagens de si próprias em estado de nudez, tendo algumas acedido ao pedido", lê-se no artigo, onde é referido também por fonte judicial ao JN que "o homem, de 50 anos de idade, importunava as crianças, apalpando-as e mexendo-lhes no corpo e nas zonas genitais com os dedos: “não terá havido cópula em nenhuma ocasião”, salientou a fonte.
*Com agências
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