A MGM Resorts, proprietária do hotel Mandalay Bay, abriu processos num tribunal de Las Vegas e em outro de Los Angeles, na sexta-feira passada.
O grupo, que tem uma dezena de grandes hotéis-casino em Las Vegas, disse à AFP esta terça-feira, 17 de julho, que procura uma solução "rápida" para os milhares de processos dos sobreviventes ou familiares das vítimas, que já recorreram à Justiça para apurar a responsabilidade do Mandalay Bay no massacre.
Segundo o hotel, os processos não pretendem obter qualquer compensação financeira das cerca de 2.500 pessoas que acusam o grupo MGM de negligência, apenas procura que desistam dos processos.
O grupo sustenta a sua atuação na lei federal de Segurança ('Safety Act'), que isenta de responsabilidade por atos de terrorismo ou tiroteios em massa as instituições que utilizam serviços de segurança certificados pelo departamento de Segurança Nacional.
Na noite de 1 de outubro de 2017, Stephen Paddock, um norte-americano de 54 anos, atirou contra o público que assistia a um espetáculo de música country ao ar livre, matando 58 pessoas e ferindo mais de 500.
Paddock disparou diversas vezes do seu quarto no 32º andar do Mandalay, e suicidou-se antes da chegada da polícia.
O advogado Robert Eglet, que representa algumas vítimas, qualificou as ações da MGM Resorts como "a coisa mais escandalosa que viu em 30 anos de carreira" e esclareceu que a empresa contratada para o festival Route 91 - a CSC - "não proporcionava segurança para o Mandalay Bay" durante ou antes do tiroteio.
O grupo de apoio às vítimas Route 91 Strong disse estar "profundamente triste" com a ação da MGM contra muitas vítimas que permanecem traumatizadas e, inclusive, "à beira do suicídio", e outras que "perderam os seus empregos e as suas casas".
A decisão da MGM provocou uma enxurrada de críticas nas redes sociais.
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