Em comunicado, a Área Metropolitana (AML), autoridade de transporte na região de Lisboa, sublinha que “esta tendência de redução se verifica desde a declaração do segundo estado de emergência, que teve início em 24 de novembro de 2020”.
“Apesar de a oferta de transporte público rodoviário na Área Metropolitana de Lisboa ter estado estabilizada nos 100%, nas duas primeiras semanas do ano, quando comparada com o período pré-pandémico, acentuou-se a regressão na procura de transportes públicos coletivos, quer em número de passes vendidos, quer em termos de passageiros transportados”, aponta a nota.
Segundo indica a AML, o número de passes vendidos até ao dia 15 de janeiro deste ano foi inferior aos valores obtidos no mês de dezembro de 2020, e o número de passageiros transportados, entre 11 e 17 de janeiro, em comparação com a semana anterior, “voltou a cair”.
A AML justifica a continuação desta quebra com a entrada em vigor das novas medidas de confinamento, em particular com o encerramento das escolas.
Assim, até à primeira quinzena deste ano tinham sido vendidos cerca de 435.700 passes, o que representa uma quebra de 43,5% face ao mês homólogo de 2020.
Durante o primeiro trimestre de 2020, a média de passes vendidos mensalmente foi de cerca de 765.700.
Relativamente às receitas com as vendas de passes, a AML estima que os números de janeiro de 2021 sejam idênticos aos de dezembro de 2020, com perdas na ordem dos 44%, ressalvando que o impacto na receita de títulos ocasionais ainda é desconhecido.
A AML refere, ainda, que “com a entrada em vigor de novas medidas de circulação mais restritivas se assistiu, na generalidade dos operadores, a uma quebra de passageiros transportados na ordem dos 3,1%.
“A Área Metropolitana de Lisboa, corporizando um esforço financeiro público muito significativo, continua a monitorizar a rede de transportes, em articulação com autarquias e operadores, para proceder aos reajustes necessários na oferta, de forma a oferecer um serviço público de transportes seguro, eficiente e que corresponda às necessidades dos seus utilizadores”, lê-se na mesma informação.
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