Flynn foi conselheiro de segurança nacional de Trump durante 24 dias em janeiro e fevereiro, quando o Presidente o demitiu por ocultar ao vice-presidente, Mike Pence, os seus contactos com o embaixador russo em Washington, Sergey Kislyak.
O ex-conselheiro de Trump saiu da Casa Branca na sequência da investigação federal que inicialmente foi liderada pelo ex-diretor do FBI, James Comey, e que, após sua demissão em maio, foi retomada pelo procurador especial Mueller.
Depois de apresentar as acusações na semana passada contra o ex-chefe de campanha de Trump, Paul Manafort e outras duas pessoas, Mueller centra-se agora no caso de Flynn e pode acusá-lo e ao seu filho, em breve, de acordo com a cadeia televisiva NBC, que cita várias fontes próximas da investigação.
Se a acusação se materializar, Flynn será o primeiro ex-funcionário da Casa Branca sob a liderança de Trump a enfrentar acusações na investigação de Mueller, dado que o resto dos investigados estavam apenas relacionados com a campanha eleitoral.
A equipa de Mueller projeta entrevistar testemunhas nos próximos dias para analisar o trabalho de Flynn em grupos de pressão política, incluindo a possibilidade de lavagem de dinheiro ou de ter mentido ao Governo sobre os seus contatos com o estrangeiro, segundo a NBC, citada pela agência noticiosa Efe.
Mueller está também a investigar se Flynn tentou promover, em troca de um pagamento de milhões de dólares, a extradição para a Turquia do pregador islâmico Fethullah Gülen, exilado nos Estados Unidos, que Ancara acusa de estar por trás do fracassado golpe em julho do ano passado.
Flynn defendeu a extradição de Gülen num artigo num jornal, em novembro do ano passado, e segundo um ex-funcionário consultado pela NBC, pouco depois do início da presidência de Donald Trump em janeiro, o FBI recebeu um pedido para reexaminar o possibilidade de enviar o pregador para a Turquia.
O FBI rejeitou o pedido porque não havia novas provas para analisar, e não era claro se o pedido tinha vindo da Casa Branca, onde Flynn trabalhou, ou de una outra agência do Governo.
O filho do ex-conselheiro de Trump, Michael G. Flynn, pode ser acusado ao mesmo tempo que seu pai ou numa outra altura, de acordo com as fontes consultadas pela NBC, que lembram que o jovem acompanhou o pai durante a campanha e trabalhou na equipa de transição presidencial.
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