A tomada de posição de Luisa Ortega, face à decisão tomada na noite de quarta-feira (madrugada de quinta-feira em Lisboa), marca uma brecha na unidade mostrada até agora pelo campo do presidente socialista Nicolas Maduro, que concentra todos os poderes.
No seu relatório anual, Ortega diz que recentes decisões do tribunal superior “mostram várias violações da ordem constitucional e ignorância do modelo estatal estabelecido na (…) constituição” da Venezuela.
“É meu dever manifestar a minha preocupação ao país”, declarou a procuradora-geral venezuelana durante a apresentação do relatório, transmitida em direto pela televisão estatal.
A Venezuela tem sido, desde que foi conhecida a decisão do Supremo, alvo de críticas da comunidade internacional, com vários países a denunciarem um “golpe de Estado”.
A decisão do Supremo Tribunal de Justiça, controlado pelo campo governamental, de assumir as competências do parlamento, bastião da oposição, reflete uma escalada na crise política que abala a Venezuela desde a vitória dos opositores do regime de Caracas nas legislativas de 2015.
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