De acordo com o Jornal de Notícias, as escolas receberam instruções para recolher os cartões SIM e os aparelhos de hotspot (routers portáteis) que foram atribuídos aos professores e à maioria dos alunos nos kit tecnológicos.

Com acesso gratuito à internet, ficam apenas os abrangidos pelos três escalões da Ação Social, os que estudam por manuais digitais ou os que têm de fazer provas digitais no final do ano.

“Querem ensino digital, mas vão retirar acesso à maioria. Temos de ter condições de trabalho. A decisão deve ser revertida”, pede Filinto Lima, presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), salientando que grande parte do trabalho dos docentes é feito em casa.

Questionado pelo JN, o Ministério da Educação, Ciência e Inovação sublinhou que “os professores poderão sempre utilizar os cartões e hotspots que vão ser disponibilizados para as salas”.

Filinto Lima afirma, no entanto, que há várias escolas com computadores avariados e que não há técnicos nem verbas para os arranjar.

Segundo a Fenprof, as avarias e as falhas na rede das escolas foram das principais queixas dos diretores no ano letivo passado.

Mariana Carvalho, presidente da Confederação Nacional de Pais, garantiu à publicação que, este ano, ainda não recebeu queixas por causa das avarias.