Luís Montenegro, no final de uma audiência com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, foi questionado sobre algumas críticas que surgiram dentro do seu partido à rejeição expressa a um referendo à regionalização no próximo ano, como pretende o Governo, que expressou no congresso do partido deste fim de semana.
“Não tenho conhecimento de ninguém que discorde da posição da direção e da minha relativamente à inviabilidade de termos um processo referendário em 2024, mas sei que há muito no PSD quem tenha opiniões divergentes quanto à matéria de fundo, mas não estamos a promover esta discussão”, afirmou, dizendo que o partido quer focar-se noutras matérias que considera prioritárias para os portugueses como a saúde ou educação.
Sobre a matéria de fundo, Montenegro considerou que não faz sentido avançar para “uma discussão estéril sobre o nada”, não havendo perspetivas de referendo, e alargou a sua objeção a esta consulta popular até final da legislatura.
“Sou absolutamente contra a realização de um referendo em 2024, para que não haja equívocos. E, naturalmente, que não havendo um referendo em 2024 – que já teria de se conciliar com eleições europeias e regionais nos Açores – não é em 2025 com eleições autárquicas ou em 2026 com presidenciais e legislativas que a oportunidade se vai abrir”, defendeu.
Questionado se essa discussão se poderá abrir na próxima legislatura, Montenegro disse ver com satisfação que a comunicação social o veja como líder do PSD após 2026, considerando que “numa conjugação normal” tal significa “o PSD vencer as legislativas.
“É muito difícil ao PSD, depois de quatro anos de exercício de uma liderança, manter um líder se não ganhar eleições”, considerou, depois de questionado se não poderia ficar como líder da oposição.
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