“Eu valorizo muito o apoio do dr. Alberto João jardim, acho que ele é muito significativo e acompanha, creio eu, o sentimento geral aqui da militância da Madeira”, afirmou o candidato, em declarações à agência Lusa após um almoço com o presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque (PSD), na sua residência oficial.
Luís Montenegro considerou que o apoio à sua candidatura do ex-presidente do executivo insular, que governou a Madeira entre 1978 e 2015, demonstra que o PSD é capaz de ultrapassar divergências, apontando que ambos nem sempre estiveram de acordo.
“O facto de ele estar envolvido com o seu apoio nesta candidatura demonstra que nós somos capazes de nos juntarmos, no PSD, de nos unirmos, de agregarmos, de ultrapassarmos divergências que temos em momentos eleitorais, mas que nunca nos desencontramos em termos de princípios de matrizes ideológicas”, reforçou.
O candidato social-democrata fez também “um balanço muito positivo” da visita de dois dias à Madeira, que teve início na segunda-feira e terminou hoje, no âmbito da campanha para as diretas de 28 de maio.
“Tive ocasião de falar com os militantes de base, com os autarcas, com os deputados na assembleia regional, com o presidente e os membros do governo, com o dr. Alberto João Jardim e, francamente, senti um apoio muito entusiasta, uma esperança grande que para mim é inspiradora porque a Madeira é o maior reduto do PSD no país”, salientou.
Montenegro acrescentou que a região autónoma é “governada desde sempre pelo PSD, com níveis e resultados absolutamente notáveis, que foi capaz, mesmo internamente, de se renovar e rejuvenescer por dentro”, defendendo que “isso é algo” que precisa ser feito “também no PSD nacional”.
“Estou sinceramente muito satisfeito, isto é uma eleição direta, cada voto vale por si. Eu não procuro apenas o apoio dos dirigentes e dos representantes do PSD nos diversos órgãos. Eu procuro o apoio dos militantes de base e estou também satisfeito por ter falado com muitos deles. Recebi muito incentivo, muito apoio”, realçou.
Luís Montenegro frisou ainda que o país “precisa de um ciclo novo, de políticas novas”, argumentando que “o socialismo já mostrou não ser solução”.
“O socialismo esteve no governo nos anos 90, deixou o país num pântano, na década seguinte esteve outra vez, deixou o país na banca rota e agora nos últimos seis anos este governo do Partido Socialista trouxe o país para níveis de empobrecimento cada vez mais notórios, com uma carga fiscal que é a maior de sempre, com Portugal na cauda da Europa em termos de rendimento per capita”, sustentou.
Sobre o encontro com Miguel Albuquerque, o candidato à liderança do PSD nacional referiu que o governante lhe transmitiu uma “visão muito interessante, muito atrativa, muito enriquecedora daquilo que pode ser o Portugal do futuro” e sublinhou que “o país precisa de o ouvir mais”.
Até agora, apresentaram-se como candidatos para as diretas de 28 de maio o antigo líder parlamentar do PSD Luís Montenegro e o antigo vice-presidente do partido Jorge Moreira da Silva, terminando o prazo de entrega de candidaturas em 16 de maio.
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