Depois de várias trocas de argumentos entre as candidaturas, o primeiro debate está marcado para as 21:00, na estação pública, será moderado pelo jornalista Vítor Gonçalves e vai ter a duração de 70 minutos.
No dia 10 à noite terá lugar o segundo e último frente a frente televisivo, na TVI, e no dia 11 de manhã um debate radiofónico, organizado pela Antena Um e pela TSF.
A polémica sobre os debates começou logo na apresentação da candidatura de Pedro Santana Lopes, a 22 de outubro, quando o antigo primeiro-ministro propôs que as estruturas distritais e regionais realizassem debates, o que, no limite, poderia resultar em 21 frente a frente.
A proposta foi imediatamente rejeitada por Rui Rio, defendendo que a campanha não deveria “ser transformada num espetáculo ambulante pelo país fora”.
Mais tarde, Santana enviou uma carta a Rio sobre os debates a e as duas candidaturas dialogaram durante algumas semanas para encontrar uma “solução consensual”.
A 13 de dezembro, Rui Rio considerou o “assunto encerrado” com a aceitação de dois debates televisivos, um na RTP e outro na TVI. Santana Lopes criticou a exclusão da SIC e reafirmou a sua disponibilidade para um debate em cada um dos três canais generalistas, mas apenas viria a ser acertado mais um debate entre ambos, mas na rádio.
Os dois candidatos já formalizaram a candidatura à liderança do PSD e ambos entregaram as respetivas moções de estratégia global com vista às eleições diretas de 13 de janeiro e ao Congresso, que se realiza entre 16 e 18 de fevereiro em Lisboa.
Há oito anos, nas últimas diretas em que houve disputa, na altura entre quatro candidatos, realizaram-se três frente-a-frente (entre Passos Coelho e Paulo Rangel, entre Rangel e Aguiar-Branco e entre este e Passos) e um debate com os quatro candidatos, incluindo Castanheira Barros.
Nesse debate a quatro, Passos Coelho defendeu a demissão do então Procurador-Geral da República, Pinto Monteiro, e, a par de Paulo Rangel, o voto contra o Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) do Governo PS de José Sócrates, que viria a ser votado dias depois no parlamento, ainda antes das eleições internas. No entanto, a ainda líder Ferreira Leite optou pela abstenção.
O Governo de José Sócrates viria a cair cerca de um ano depois, precisamente na sequência de um chumbo da quarta versão do PEC, com os votos contra do PSD já liderado por Passos Coelho.
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