O Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD) confirmou à agência Lusa que foi detetado um problema técnico no acelerador linear, no decorrer de uma manutenção efetuada na semana passada ao equipamento, o único que existe na unidade de radioterapia do centro oncológico de Vila Real.
“Neste momento, os técnicos continuam a trabalham para encontrar a solução para resolução desta avaria, esperando-se o recomeço dos tratamentos em breve. Mais se informa que todos os doentes foram informados com a devida antecedência da alteração de data para início ou continuidade dos tratamentos”, referiu a fonte do CHTMAD.
O PSD, através do deputado Luís Leite Ramos, pediu esclarecimentos ao ministro da Saúde sobre a avaria e a suspensão dos respetivos tratamentos.
O parlamentar, em pergunta remetida à Assembleia da República, quer saber se os utentes foram “devidamente e atempadamente informados do cancelamento dos tratamentos”, “quantos utentes ficaram ou ficarão sem tratamento e quantos tratamentos deixaram ou deixarão de ser realizados” e ainda se o CHTMAD “procedeu ao reencaminhamento dos utentes para outros centros”.
Uma situação idêntica de avaria ocorreu em setembro de 2016 e, segundo Luís Leite Ramos, “com impactos muito negativos e nunca quantificados” para os utentes servidos pelo centro oncológico.
Por isso mesmo, o PSD quer saber se o Ministério das Finanças “já autorizou” a aquisição do segundo acelerador linear há muito reivindicado para o CHTMAD e “para quando está prevista a conclusão do processo de aquisição deste equipamento", bem como a "sua instalação e entrada em funcionamento”.
Em maio de 2017, em Vila Real, o ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, anunciou a aquisição de um novo acelerador linear para reforçar a unidade de radioterapia do centro oncológico do CHTMAD.
“Infelizmente, até à data, e tanto quanto sabemos, mais de um ano depois o Ministério das Finanças ainda não terá dado a indispensável autorização para que o longo e complexo processo de aquisição e instalação do equipamento seja iniciado”, lamentou o PSD.
O centro hospitalar, com sede social em Vila Real, há anos que reivindica a aquisição de um segundo acelerador linear para reforçar a unidade de radioterapia, um equipamento que pode custar cerca de cinco milhões de euros e que vai permitir introduzir novas técnicas de tratamento.
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