Na chegada ao aeroporto internacional de Sunan, em Pyongyang, Putin foi recebido pelo próprio Kim Jong-un, numa manifestação de agradecimento por esta viagem de alto nível diplomático, que pretende fortalecer a relação entre os dois países vizinhos.
Durante a visita de Putin, que deverá ocorrer até quarta-feira, estão previstas diversas cerimónias, homenagens e visitas, para além da assinatura de documentos bilaterais.
Após a conclusão da deslocação, Putin viajará para o Vietname, onde manterá diversos encontros com o secretário-geral do Comité central do Partido Comunista, Nguyen Phu Trong, com o Presidente do país, To Lam, e com o primeiro-ministro, Pham Minh Tinh, entre outros dirigentes.
Na semana passada, as autoridades russas anunciaram a intenção de reforçar as relações com Pyongyang face às advertências de diversos países rivais sobre o reforço dos contactos entre os dois países, em particular na área militar.
Norte-americanos e europeus manifestam desde há meses inquietação pela aproximação entre Moscovo e Pyongyang, acusando os norte-coreanos de fornecer munições à Rússia no contexto da guerra na Ucrânia, em troca de uma assistência tecnológica, diplomática e alimentar.
Hoje, o Kremlin (presidência russa) publicou um documento que confirma a intenção da Rússia de assinar um tratado de “parceria estratégica” com a Coreia do Norte.
Kim Jong-un referiu-se recentemente à sua relação “invencível” com o Governo russo, e descreveu o seu homólogo como um “companheiro de armas”.
Nesse sentido, recordou que o seu encontro com Putin em 2023 na Rússia transpôs os laços entre os dois países para um “nível superior”.
O líder norte-coreano deslocou-se em setembro passado à Rússia e visitou o cosmódromo de Vostochni, onde Putin prometeu ajudá-lo na construção de satélites. Os dois dirigentes concordaram na ocasião promover novos contactos, de forma progressiva.
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