Este ataque acontece ao mesmo tempo que o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, se dirige para a região para tentar fechar um acordo de cessar-fogo após meses de negociações contenciosas.
Os EUA e os restantes mediadores, Egito e Qatar, apontam estar perto de acordo após dois dias de negociações em Doha, com autoridades americanas e israelitas, mas o Hamas tem mostrado resistência e hoje denunciou novas exigências de Israel.
Pelo menos quatro palestinos morreram no campo norte de Jabalia, criado pela ONU em 1948 para abrigar palestinianos deslocados.
Aviões israelitas terão bombardeado dois apartamentos, informou a agência palestiniana Wafa, acrescentando que as equipas de resgate procuram vítimas nos escombros.
Outros quatro palestinianos morreram esta noite na cidade de Deir el Balah, no centro da Faixa de Gaza, num ataque a uma casa localizada ao sul da cidade, e uma mulher e uma menina morreram a leste de Khan Yunis, quando a casa pertencente à família Musbbeh foi bombardeada, segundo fontes palestinianas.
Já a Al Jazeera informou que outras sete pessoas, incluindo três crianças, morreram num ataque de aviões de guerra israelitas contra uma torre residencial no campo de refugiados de Nuseirat (centro).
De acordo com o Exército, as tropas israelitas da 98.ª Divisão continuam a operar tanto em Deir el Balah como em Khan Yunis, para eliminar lançadores de foguetes e armamento, incluindo granadas explosivas e Kalasnikovs.
Além disso, em Rafah (sul), e de acordo com um comunicado militar divulgado hoje, alegaram ter eliminado cerca de 20 milicianos “acima e no subsolo”.
Durante 317 dias consecutivos, e já ultrapassando as 40.000 mortes, Israel continua a sua ofensiva na Faixa de Gaza, ignorando o Tribunal Internacional de Justiça (CIJ), que ordenou que evitasse o genocídio na sua ofensiva militar em Rafah.
Estima-se que estejam pelo menos 10 mil palestinianos desaparecidos e mais de 92.500 feridos.
No total, quase 2,3 milhões de pessoas de toda a Faixa de Gaza foram deslocadas.
As negociações de longa duração foram repetidamente paralisadas numa guerra que causou uma catástrofe humanitária.
A proposta atual pede um processo de três fases no qual o Hamas libertaria todos os reféns sequestrados durante seu ataque de 07 de outubro, que desencadeou a guerra mais mortal já travada entre israelitas e palestinianos.
Em troca, Israel retiraria suas forças de Gaza e libertaria prisioneiros. Especialistas alertaram sobre a fome e o surto de doenças como a poliomielite.
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