Três destes quatro homens, de acordo com a Associated Press, admitiram a culpa em tribunal.

Os quatro homens são acusados de “terrorismo” e arriscam prisão perpétua, indicou em comunicado o tribunal Basmanny de Moscovo.

A sua detenção provisória, fixada até 22 de maio, pode ser prolongada até ao início do processo, com data ainda por definir.

Até ao momento, as forças de segurança detiveram 11 pessoas relacionadas com o ataque, das quais quatro participaram pessoalmente no atentado, segundo as autoridades russas.

O ataque, reivindicado por um grupo filiado no movimento ‘jihadista’ Estado Islâmico (EI), foi o mais mortífero em solo russo os últimos anos.

O número de mortos no ataque aumentou para 182, incluindo pelo menos três crianças, de acordo com o último balanço oficial, tendo sido referido que foram encontradas armas e munições no local.

O Departamento de saúde da região de Moscovo indicou ainda que 101 pessoas permanecem internadas, 61 recebem tratamento ambulatório e 20 tiveram alta, num total de 182 feridos.

A Rússia viveu hoje um dia de luto nacional pelas vítimas deste ataque nos arredores de Moscovo. Desde o início do dia que os cidadãos levam flores ao local do ataque, na cidade de Krasnogorsk, com as bandeiras russas em todas as instituições estatais a meia haste.

O ataque foi reivindicado pelo Estado Islâmico (EI) e condenado pelo Presidente russo, Vladimir Putin, que o denominou de ato terrorista "bárbaro e sangrento” e apelou à vingança.

Embora não tenha especulado sobre os autores intelectuais do ataque, sugeriu que quatro dos detidos tentavam cruzar a fronteira para a Ucrânia, que, segundo o líder russo, tentou criar uma “janela” para ajudá-los a escapar.

As autoridades ucranianas negaram qualquer envolvimento no ataque e uma fonte da inteligência dos Estados Unidos da América disse à Associated Press que as agências norte-americanas confirmaram que o grupo era responsável pelo ataque.

O Serviço Federal de Segurança (FSB) russo relatou a detenção de 11 cidadãos alegadamente ligados ao atentado, entre os quais os quatro terroristas que terão perpetuado diretamente o ataque.

Segundo comunicado do EI, o ataque de sexta-feira insere-se no contexto da “guerra violenta" entre o grupo e "os países que lutam contra o Islão".

Estados Unidos, União Europeia, Reino Unido e diversos outros países e organizações internacionais condenaram o atentado.

Também a Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) condenou “inequivocamente” o ataque de sexta-feira nos arredores de Moscovo, reivindicado pelo EI, entidade qualificada pela Casa Branca como um "inimigo terrorista comum".