O Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa pediu ao general António Ramalho Eanes que o representasse, dado o significado desta cerimónia a nível europeu e mundial, a sua relevância para a Polónia, e os laços de amizade e cooperação existentes entre Portugal e a Polónia.
Numa mensagem publicada na página da Presidência, Marcelo Rebelo de Sousa apelou ao ensino da II Guerra Mundial aos jovens, assinalando o atual “recrudescer de pulsões extremistas e intolerantes” e “novas formas de populismo radical e xenófobo”.
“No nosso tempo, caracterizado por novas ameaças à democracia e à liberdade, marcado pelo recrudescer de pulsões extremistas e intolerantes, pelo surgimento de novas formas de populismo radical e xenófobo, devemos revisitar a catástrofe de há 80 anos, para não repetir os erros desse pretérito imperfeito”, defendeu Marcelo Rebelo de Sousa.
Na mensagem, Marcelo sublinha que “Portugal é um país de paz, uma pátria de tolerância”.
“Assim queremos que seja, e que continue a ser. Devemos, pois, ensinar às gerações mais novas o que foi a Segunda Guerra Mundial, para que os seus milhões de mortos não tenham perecido em vão”, lê-se na mensagem do Presidente.
Marcelo lembra “o começo de um dos mais graves conflitos da História da Humanidade, que para sempre ficará inscrito na memória do mundo”.
“A guerra de 1939-1945 opôs a liberdade à tirania, a democracia à ditadura, a tolerância ao racismo e à xenofobia. Devemos, por isso, assinalar o passado, e as suas tragédias, com um sentido de presente e como uma lição de futuro. Cultivarmos a paz e o respeito pelo outro é a melhor forma de homenagearmos as vítimas militares e civis da Segunda Guerra Mundial”, sustenta, pedindo que os 80 anos do conflito sejam evocados “em espírito de fraternidade europeia e mundial”.
O principal evento da comemoração terá lugar em Varsóvia, na Praça Pilsudski, frente ao Monumento ao Soldado Desconhecido.
Nesta cerimónia na Polónia, o local onde a primeira batalha entre as forças polacas e alemãs ocorreu em setembro de 1939, quando a Alemanha invadiu a Polónia, estarão presentes os líderes dos estados membros na União Europeia e da NATO.
Durante a II Guerra Mundial, mais de 6 milhões de cidadãos polacos foram mortos, metade dos quais eram judeus, e o país ficou devastado nos quase seis anos de duração da guerra.
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