Segundo os dados disponibilizados pelo Ministério da Educação, no portal InfoEscolas, e analisados pela Lusa, 67% das escolas públicas não conseguem atingir a positiva nos exames de Português e Matemática do 9.º ano.
Já entre as 218 escolas privadas que fizeram exames do 9.º ano a larga maioria (72%) obteve notas positivas.
Ainda assim, os dados gerais, que indicam 60% de negativas, representam uma melhoria em 15 pontos percentuais face ao ano anterior.
Entre as dez escolas com melhor classificação nos exames do 9.º ano do ano passado, todas são privadas, apenas uma tem melhores resultados nas provas do que na classificação interna final, mas a maioria fez menos de cem exames.
O colégio Minerva, no Barreiro, Setúbal, lidera a lista das escolas com melhores resultados nos exames de Português e Matemática do 9.º ano, com 56 provas realizadas e com um resultado de 4,41, acima da nota final interna média de 4,3 dos alunos que foram a exame.
No 9.º ano as notas variam entre os níveis 1 e 5, sendo o nível 3 o primeiro patamar das notas positivas.
Ao colégio Minerva seguem-se na lista o Colégio Horizonte, em Vila Nova de Gaia, e o Colégio Nossa Senhora da Paz, no Porto.
A melhor escola pública aparece já fora do ‘top 30’: a escola secundária Infanta D. Maria, em Coimbra, ocupa a 31.ª posição, com 148 exames realizados e também com notas em exame mais altas do que a classificação interna final (CIF).
A escola de Coimbra regista uma média em exame de 4,01 e uma CIF de 3,89.
A segunda melhor escola pública, a Escola Básica dos 1.º, 2.º e 3.º Ciclos com Pré-escolar do Porto da Cruz, em Machico, Madeira, ocupa a 35.ª posição, seguindo-se, em terceiro lugar, a Escola Artística do Conservatório de Música Calouste Gulbenkian, em Braga.
Entre as escolas com os resultados mais baixos nos exames de Português e Matemática do 9.º ano estão a Escola Portuguesa da Beira, Moçambique, com uma média de 1,42, a Escola Básica da Apelação, Loures, Lisboa, com uma média de 1,71, e a escola Secundária Matias Aires, Sintra, Lisboa, com um resultado médio de 1,92.
Entre as dez escolas com resultados mais baixos apenas a escola da Beira é privada.
Em termos distritais, Coimbra lidera o ‘ranking’ dos melhores resultados em exames, com uma média de 3,18 e uma CIF média de 3,28, com 6.609 exames realizados.
Pelo contrário, a região autónoma dos Açores, é a última classificada, com uma média em exames de 2,64 e uma CIF média de 3,15, em 4.379 provas.
Entre os 18 distritos de Portugal continental, as duas regiões autónomas (Madeira e Açores) e as escolas portuguesas no estrangeiro, apenas estas últimas e seis distritos (Coimbra, Viseu, Braga, Aveiro, Viana do Castelo e Guarda) registaram uma média positiva nos exames, mas todas as regiões conseguiram média positiva na CIF.
A variação média dos resultados médios por distrito nos exames é de 0,5, com a média mais alta (Coimbra) a fixar-se nos 3,18 e a mais baixa (Açores) nos 2,64.
Já a variação na CIF média é de cerca de 0,2 com o registo mais alto a pertencer a Vila Real, com 3,29 e o registo mais baixo, o de Beja, a fixar-se nos 3,06.
Lisboa é o distrito com mais exames realizados (39.968), seguido pelo Porto (35.233) e Braga (16.399).
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