Numa serie de alertas distribuídos pela aplicação de mensagens Telegram, os rebeldes Huthi acusaram os EAU de não serem um país “seguro” e mostraram imagens de diversos alvo possíveis, entre os quais a Expo 2020 que está a decorrer no emirado do Dubai.
“A sua economia vai-se afundar”, ameaçou o grupo rebelde xiita, referindo-se ao setor mais importante para os EAU, que emergiu como um país seguro para investimentos e negócios estrangeiros, numa região de grande instabilidade política e conflito armado.
Os rebeldes referiram ainda que a torre mais alta do mundo e uma das principais atrações turísticas do Dubai, o Burj Khalifa, com 828 metros, “não é segura”.
Aquelas ameaças surgem um dia depois de o movimento armado que controla grandes áreas do Iémen, incluindo a capital Saná, ter lançado mísseis contra Abu Dhabi.
Na ocasião, o porta-voz militar Huthi, Yahya Sarea, recomendou que as empresas e investidores estrangeiros deixassem o país, pois os Emirados tinham-se tornado um “país inseguro”.
Na segunda-feira, os EAU e forças dos Estados Unidos intercetaram dois mísseis balísticos disparados por rebeldes iemenitas Huthi sobre Abu Dhabi, o segundo ataque numa semana contra esta cidade.
O conflito armado no Iémen começou em 2014, quando os rebeldes Huthis ocuparam Saná e outras províncias do país, e, em março de 2015, o conflito agravou-se, com a intervenção da coligação árabe, com apoio da Arábia Saudita e EAU.
Na passada segunda-feira, os rebeldes xiitas, apoiados pelo Irão, atacaram uma zona do aeroporto internacional de Abu Dhabi e uma zona industrial desta cidade, provocando uma severa resposta da coligação militar liderada pela Arábia Sauita contra as posições Huthis no Iémen.
Ao longo desta semana, a coligação lançou um violento ataque contra a capital do Iémen, Saná, que provocou 14 mortos e 11 feridos.
Na sexta-feira, aviões de combate da coligação realizaram uma ação em que destruíram a torre de telecomunicações na cidade de Al Hudeida, o que causou uma interrupção total do serviço de Internet em todo o país, enquanto um outro ataque, nesse mesmo dia, contra um centro de detenção em Saada, no norte do Iémen, provocou quase 90 mortos e mais de 200 feridos.
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