As operações de recuperação dos dois aparelhos que caíram no rio Potomac, perto do aeroporto Ronald Reagan, em Washington, começaram na segunda-feira, enquanto prosseguem as buscas por corpos das vítimas.

Ao meio-dia (17:00 em Lisboa), um grande guindaste, auxiliado por um segundo, mais pequeno, utilizou correias para levantar parte da fuselagem do avião para fora da água e colocou-a cuidadosamente numa barcaça.

“Iniciámos as operações de madrugada. Recuperámos o primeiro dos dois motores (do avião) por volta das 10:00, a fuselagem por volta das 12:00 e, por volta das 14h30, começámos a trabalhar para retirar uma asa da água”, explicaram as autoridades norte-americanas, durante uma nova conferência de imprensa no Aeroporto Ronald Reagan.

“O nosso objetivo hoje era recuperar o motor, a fuselagem e a asa: conseguimos. O nosso objetivo amanhã [terça-feira] é o cockpit”, acrescentaram, embora as operações dependam da maré e das condições meteorológicas, especialmente do vento.

“Durante as operações de hoje, foram localizados novos corpos. Estão, assim como outros retirados da água anteriormente, a ser identificados”, sublinharam as autoridades locais.

O número de 55 corpos identificados comunicado no domingo não foi alterado neste momento, especificaram.

O Presidente dos Estados Unidos, o republicano Donald Trump, foi rápido a culpar — sem provas — as políticas de diversidade implementadas no governo norte-americano do democrata Joe Biden para explicar o desastre aéreo.

O nível de pessoal na torre de controlo do Aeroporto Internacional Ronald Reagan, em Washington, “não estava” no seu normal no momento do acidente, de acordo com os media norte-americanos.

Os investigadores do Conselho de Segurança nos Transportes dos EUA (NTSB), uma agência independente, esperam divulgar um relatório preliminar no prazo de 30 dias. A investigação completa pode demorar um ano.