“O primeiro-ministro reconheceu que os reféns só regressarão através de um acordo negociado e que está disposto a aceitar um cessar-fogo para avançar com o regresso dos reféns”, refere o Fórum das Famílias dos Reféns num comunicado hoje divulgado e citado pela Efe.

Este foi o primeiro encontro dos familiares com o governante em mais de três meses, segundo fontes oficiais citadas pela agência espanhola.

A associação acrescentou que pediu reuniões periódicas com o primeiro-ministro.

Netanyahu disse às famílias que há “vários motivos para otimismo” para um novo acordo para libertar os quase cem reféns que o grupo ainda tem.

“O primeiro-ministro disse-nos que chegou o momento de chegar a um acordo para a libertação de reféns. Instamo-lo a agir agora para libertar todos os reféns – vivos e mortos”, acrescentaram.

O líder israelita prometeu, também, pôr de lado as diferenças no seio da coligação para que estás não perturbem o regresso dos reféns.

A ala mais ultraconservadora do Governo de Netanyahu recusou-se a negociar com o Hamas um acordo para a troca de reféns por prisioneiros palestinianos e apelou mesmo a bombardeamentos mais violentos.

A escolha de meios mais diplomáticos levou, em mais do que uma ocasião, vários ministros radicais a ameaçar abandonar a coligação.

Em mais de um ano de guerra, o Hamas e Israel só chegaram a acordo sobre o cessar-fogo e a libertação de reféns em troca de prisioneiros palestinianos, em novembro do ano passado, o que serviu para libertar 105 dos 251 sequestrados em 7 de outubro.

Fontes palestinianas disseram à Efe que o Hamas está a realizar uma contagem dos reféns israelitas vivos em Gaza.

A contagem de reféns coincide com a nova ronda de negociações no Cairo entre o Hamas e Israel para alcançar um cessar-fogo, na qual ambos os lados deram sinais positivos sobre a possibilidade de chegar a um acordo.

O Qatar, interlocutor do Hamas nas conversações, retomou o papel de mediador depois de o ter renunciado há cerca de um mês.