O muro "anti-intrusão" terá cerca de um quilómetro de extensão e quatro metros de altura. Vai ser estrategicamente posicionado ao longo da estrada de acesso ao porto de Calais, no norte de França, para impedir o acesso de refugiados e evitar que eles acabem por chegar ao Reino Unido.
O muro será feito através de placas de cimento que podem ser removidas quando não forem mais necessárias. O complexo sistema contará também com iluminação e câmaras de videovigilância que asseguram a segurança do porto de Calais.
Começado a construir nesta manhã, o muro tem como data prevista de conclusão o final do ano e será financiado pelo Reino Unido. Esta parede de cimento e arame, que torna mais difícil o avanço dos refugiados em direção a território britânico, têm um custo estimado de 2.7 milhões de euros.
Vivem em Calais, num sítio conhecido por "selva", são 6900 a 9000 refugiados que ali aguardam pela oportunidade de irem para o Reino Unido. No tempo de permanência vivem em condições sub-humanas.
O administrador do Porto de Calais, Jean-Marc Puissesseau, diz que este muro vai "prevenir que os refugiados invadam a autoestrada, como acontece todas as noites. "Os refugiados tentam apanhar boleia dos camiões para conseguirem chegar ao Reino Unido e para isso colocam árvores e outros objetos de grandes dimensões para condicionar a circulação e obrigar os veículos a abrandar e contornar os obstáculos.
Mas também há vozes que se alinham contra a construção do muro, como é o caso da Presidente da Câmara de Calais, Natacha Bouchart. Para a presidente daquele município francês, o muro "não é necessário porque o Governo francês já prometeu encerrar o campo tão rapidamente como possível".
Calais alberga o maior campo de refugiados da França. Os refugiados são provenientes de países como a Síria, Afeganistão, Eritreia e Marrocos.
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