Mohammed VI perdoou na segunda-feira 4.831 “pessoas que foram condenadas, processadas ou investigadas em casos relacionados com o cultivo de canábis e preenchiam as condições necessárias para beneficiar do perdão”.
Além disso, foram indultados 548 detidos e 137 pessoas em liberdade “condenadas por diferentes tribunais” do país.
Estas medidas foram anunciadas horas antes do 71.º aniversário da “Revolução do Rei e do Povo”, que comemora o exílio do avô do monarca, Mohammed V, a 20 de agosto, pelo Ministério da Justiça, num comunicado publicado pela agência de notícias MAP.
O Ministério sublinhou os “aspetos humanitários deste gesto nobre” e salientou que vai permitir aos indultados “integrarem-se na nova estratégia a que as regiões em causa se comprometeram na sequência da criação da agência nacional para a legalização” da canábis.
A produção e a comercialização da canábis, centrada principalmente na região do Rif, foi ilegal durante anos, tendo levado ao florescimento de redes de tráfico ilegal, que também afetam a Espanha.
Nos últimos anos, o Rif tem sido palco de protestos contra a desigualdade económica e o elevado desemprego.
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