Num comunicado sumário, a reitoria da universidade garante a continuação da “cultura de liberdade de expressão” e afirma que a conferência, que estava agendada para terça-feira na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, “foi adiada” para que o tema proposto possa ser discutido “de forma alargada e objetiva num clima sereno”.
A instituição espera por “condições de completa abertura e diálogo plural”, emitindo o comunicado horas depois de o Presidente da República ter dito publicamente que esperava esclarecimentos sobre o cancelamento, que considerou uma decisão absurda e incompreensível.
Promovida por alunos de um movimento designado Nova Portugalidade, a conferência-debate com Jaime Nogueira Pinto tinha como temas “Populismo ou Democracia? O Brexit, Trump e Le Pen em debate”.
Em Reunião Geral de Alunos (RGA), foi votada uma moção exigindo o seu cancelamento, com o argumento de que o evento estava “associado a argumentos colonialistas, racistas, xenófobos”, e a Associação de Estudantes alega ter ficado vinculada a essa moção.
A direção da FCSH da Universidade Nova de Lisboa justificou a decisão de cancelar a conferência de Jaime Nogueira Pinto invocando “ausência das condições indispensáveis de normalidade”.
Hoje, a reitoria aponta que a Universidade “tem por missão gerar, difundir e aplicar conhecimento, assente na liberdade de pensamento e na pluralidade dos exercícios críticos”.
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