Em declarações à Lusa, o porta-voz da AMN notou estarem em causa “quantidades muito pouco significativas”, desconhecendo-se se há relação com as que foram encontradas em maior quantidade nas praias da costa norte espanhola, depois de, a 8 de dezembro, terem caído ao mar, ao largo de Viana do Castelo, mil sacos com 26,2 toneladas.
José Sousa Luís acrescentou que, na quarta-feira, foi ativado o nível 2 (com coordenação regional do departamento marítimo do Norte) do plano de contingência para lidar com a eventual chegada a Portugal daquele material, estando a decorrer patrulhas diárias, com equipas “em prontidão”, tanto da AMN como dos municípios.
“A AMN não confirma que as ‘pellets’ que estamos a recolher são as mesmas que estão a dar à costa na Galiza”, observou.
Desde segunda-feira, indicou, “foi reforçado o patrulhamento na orla costeira das áreas de jurisdição das capitanias dos portos de Caminha e Viana do Castelo, no sentido de encontrar eventuais ‘pellets'”.
“Estão a ser também realizadas patrulhas marítimas, através de uma embarcação da Estação Salva-vidas de Viana do Castelo, no sentido de monitorizar e identificar eventuais ‘pellets’ no oceano”, referiu.
Até ao final da manhã de hoje, “foram removidos 165 ‘pellets’ em toda a extensão do areal da praia do Forte do Cão até à praia de Vila Praia de Âncora, na área de jurisdição da Capitania de Caminha”.
Na área de jurisdição da capitania de Viana do Castelo, foram recolhidos “cerca de 182 grãos de plástico nas praias de Afife, Paçô, Carreço, Cabedelo e Amorosa”.
“Foram também detetados grãos de plástico pelos elementos do Comando-local da Polícia Marítima da Póvoa do Varzim, nas praias da Estela, da Aguçadoura e do Quião, bem como uma quantidade reduzida por um popular, entre as praias Madalena e Valadares, no concelho de Vila Nova de Gaia, na área de jurisdição da Capitania do Douro”, descreve a AMN.
Foram ainda “removidos cerca de 50 ‘pellets’ na área de jurisdição da Capitania de Aveiro, não tendo sido detetada qualquer presença do material na zona de jurisdição da Capitania da Figueira da Foz”.
O Instituto Hidrográfico, da Marinha Portuguesa, está a fazer “o cálculo constante da deriva dos ‘pellets’, não se verificando até ao momento probabilidade de aparecimento de grandes quantidades do material na costa portuguesa”, acrescenta a AMN.
As regiões do norte de Espanha, da Galiza ao País Basco, ativaram ou elevaram na terça-feira os alertas ambientais devido a estas partículas.
Na quinta-feira, “cerca de 300 pessoas” estavam nos areais das praias galegas a recolher o plástico, segundo dados da Conselleria do Ambiente da Xunta da Galiza, que prevê para sábado a chegada de mais plástico, devido à alteração das “condições marítimas”.
As pequenas partículas são usadas na produção de plástico e caíram ao mar, em sacos, no início de dezembro em águas portuguesas, a 80 quilómetros de Viana do Castelo, segundo informações do armador do barco prestadas ao Governo espanhol
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