“A nova liderança da Renault lançou uma auditoria (…) sobre as questões de remuneração e as questões de abuso de bem social para verificar se há alguma coisa que possamos encontrar” no grupo automóvel francês, disse Bruno Le Maire na BFM TV.
A auditoria foi lançada com o “total acordo do Governo”, acrescentou Le Maire, em alusão ao facto de o Estado francês controlar cerca de 15% da Renault.
O ministro da Economia e Finanças disse ainda que nem o Governo nem a Renault obtiveram informações oficiais sobre as acusações feitas no Japão ao gestor que arquitetou a aliança Renault-Nissan.
“Não temos informações” sobre as acusações, indicou Le Maire pedindo ao Japão ou à Nissan para enviarem “rapidamente” essas informações.
Foi iniciada uma nova gestão na Renault para suprir a detenção de Ghosn, mas este continua a ser o presidente executivo da Renault.
“Enquanto não houver acusações concretas”, Ghosn não será demitido, repetiu Le Maire.
Segundo o ministro, na presidência da aliança Renault-Nissan permanecerá um francês, apesar desta crise.
Ghosn foi detido na segunda-feira passada no Japão, tendo sido detido também o seu principal colaborador, o norte-americano Greg Kelly.
Segundo as informações divulgadas hoje pelo canal público NHK, Carlos Ghosn nega as acusações que lhe são imputadas de ocultar rendimentos e de má gestão do dinheiro da empresa.
O gestor é suspeito de ter ocultado às autoridades financeiras japonesas rendimentos como presidente do Conselho de Administração da Nissan durante vários anos, a partir de 2011, num total de mais de 62 milhões de euros, indicaram dois jornais japoneses.
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