Em resposta à agência Lusa, o Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST) disse que no mês de janeiro o número de dádivas de sangue e componentes sanguíneas foi 36,1% superior ao período homólogo de 2020, antes da pandemia, tendo sido realizadas 17.406 dádivas.
Em fevereiro foram realizadas 17.843 dádivas de sangue, mais 7,6% do que no mês homólogo, que foi o que registou o maior número de dádivas em todo o ano passado.
Ao dia de hoje, as reservas de concentrados eritrocitários do IPST situam-se entre os 10 e os 41 dias e os dias de reserva estratégica nacional, considerando as reservas existentes nos hospitais, entre os 29 e os 48, consoante os grupos sanguíneos.
Numa mensagem divulgada na véspera do Dia Nacional do Dador de Sangue, que se assinala no sábado, a presidente do IPST agradeceu a todos os os que deram sangue, às federações, associações e grupos de dadores pelo seu contributo na promoção da dádiva e na organização de sessões de colheita.
O IPST agradeceu ainda aos profissionais de saúde, “pelo seu empenho, dedicação e competência”.
Considerando que a situação é, neste momento, muito confortável em termos de reservas, o IPST lembrou que “os componentes sanguíneos têm um tempo limitado de armazenamento” e que “o sangue é necessário todos os dias nos hospitais portugueses” e apelou aos dadores para continuarem a procurar os serviços de colheita de forma regular e faseada ao longo do tempo.
Numa mensagem divulgada a propósito do Dia Nacional do Dador de Sangue, a presidente do IPST sublinhou o “contributo inestimável” dos dadores de sangue para o sistema de saúde.
Lembrando que este ano a comemoração repete os impedimentos do ano passado, por causa da pandemia de covid-19, Maria Antónia Escoval revelou que o confinamento não demoveu os dadores, nem mesmo aqueles que decidiram dar sangue pela primeira vez.
“A nossa vontade de agradecer e reconhecer a importância dos dadores de sangue, não só se mantém intacta, como cresceu. A pandemia e o confinamento não demoveram aqueles que exercem este ato de cidadania e amor ao próximo; e muitos foram aqueles que nesta situação adversa efetuaram a sua primeira dádiva”, escreveu.
Pela primeira vez este ano, o IPST formaliza a figura do Mensageiro da Dádiva, tendo pedido a figuras públicas que, através de vários materiais promocionais do instituto, divulguem através dos seus meios oficiais e redes sociais uma mensagem que promova a dádiva de sangue junto da comunidade.
“Esperamos que este conjunto de ações/esforços virtuais tenham um resultado muito positivo e real. A dádiva de sangue é uma causa de todos nós, graças a este gesto solidário, são salvas diariamente muitas vidas nos hospitais portugueses”, sublinha a mensagem da presidente do IPST.
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