O ator norte-americano Kevin Spacey estava proibido de se aproximar do jovem que o acusou de o ter apalpado num bar em 2016. Esta quarta-feira, 17 de julho, os procuradores locais de Cape Cod retiraram a acusação, conta a Reuters.
Os procuradores referiram que tomaram esta decisão depois de a alegada vítima invocar o seu direito sob a Constituição dos EUA contra a prestação de depoimento auto-incriminatório. Anteriormente, os advogados de Spacey acusaram o homem de apagar mensagens que poderiam apoiar o caso da defesa.
Em novembro de 2017, Heather Unruh contou a alguns meios de comunicação social que Kevin Spacey tinha embebedado o filho dela e depois lhe tinha agarrado os genitais.
Em dezembro, quando soube que deveria comparecer perante um juiz para responder por acusações de agressão sexual e lesão corporal, Spacey colocou no Youtube um vídeo chamado “Vou ser franco”, um trocadilho com o nome da sua personagem na série “House of Cards”, Frank Underwood, e falou pela primeira vez em público desde que surgiram várias acusações contra si.
Esta foi a primeira acusação contra Kevin Spacey que chegou a tribunal.
Em 2017, surgiu a primeira denúncia. O ator Anthony Rapp acusou Spacey de o ter assediado sexualmente numa festa em 1986, quando tinham, respetivamente, 14 anos e 26 anos.
Na sequência da acusação, Kevin Spacey assumiu a sua homossexualidade e garantiu que não se recordava do episódio relatado, apesar de ter dito que, se realmente aconteceu, devia “sinceras desculpas” a Rapp pelo seu comportamento.
Entretanto, a produção de “House of Cards” foi suspensa, tendo sido retomada no ano passado.
Antes disso, Netflix e o estúdio Media Rights Capital anunciaram que cortariam relações com Kevin Spacey, tendo ainda a plataforma tornado público o cancelamento do filme sobre o escritor norte-americano Gore Vidal, autor de obras como “Lincoln” ou “Império”, que seria protagonizado pelo ator.
Entretanto, oito atuais e antigos funcionários de “House of Cards” acusaram Spacey de ter tornado tóxico o ambiente da produção da série, por causa do assédio sexual.
Também no final de 2017, o teatro Old Vic, em Londres, reuniu testemunhos de 20 pessoas sobre o alegado “comportamento inapropriado” do ator norte-americano, que entre 2004 e 2015 foi diretor artístico daquela estrutura.
Em agosto do ano passado, o jornal Los Angeles Times avançou que Kevin Spacey estava a ser investigado nos Estados Unidos num novo caso de alegada agressão sexual.
As autoridades já estavam a investigar o ator por um incidente semelhante que terá ocorrido em outubro de 1992, em West Hollywood.
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