Ribau Esteves, que tem sido apontado como um dos possíveis candidatos à sucessão de Rui Rio, disse à Lusa estar a refletir sobre essa possibilidade “na sequência de muitas conversas com muitos companheiros de norte a sul, uns mais “anónimos” e outros do mais notável que o partido tem”.
Reserva, contudo, a decisão para depois de conhecido o calendário para a escolha de novo líder, o que poderá ocorrer já na reunião do Conselho Nacional do próximo sábado.
Independentemente da decisão que vier a tomar, Ribau Esteves sublinha que o PSD “tem de ter novos protagonistas, em vez de pessoas que andam há anos a disputar a liderança e a fazer a vida negra ao líder”.
O atual presidente da Câmara de Aveiro e antigo secretário-geral do PSD durante a liderança de Luís Filipe Menezes considera importante para a sua reflexão perceber se os militantes desejam a mudança.
“O PSD precisa de uma profunda restruturação naquilo que é a sua presença no território, precisa de uma profunda reorganização interna, de uma nova imagem e de um novo modelo de comunicação”, afirma.
Ribau Esteves entende que o partido tem também de “assumir novas bandeiras políticas e de lutar por elas, na lógica dupla de manter os pilares do seu programa social-democrata, que são o reformismo e o humanismo, assente no espetro político do centro-direita, e assumir também uma posição muito ativa nas novas agendas do debate político, como sejam as que respeitam à transição climática, à transição energética e à transição digital”.
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