“Penso que ele tem razão, o primeiro-ministro claramente faltou à verdade ao dizer que o empresário está falido e todas as suas empresas tinham ido à falência e que a TAP se salvou porque o Estado ficou com a TAP”, afirmou Rui Rio, questionado pelos jornalistas, no final de uma arruada em Castelo Branco.

“Agora a TAP também não vai à falência porque nós, contribuintes, metemos lá muito dinheiro” acrescentou.

Por essa razão, o presidente do PSD considerou “correto” o pedido de desculpas exigido pelo empresário a António Costa.

“A sua reputação foi ferida e tem direito à reposição da sua credibilidade enquanto empresário”, reiterou.

O ex-acionista da TAP David Neeleman espera um pedido de desculpas de António Costa, que diz ter "faltado à verdade" com declarações que afetaram o seu “nome e reputação”, no âmbito da pré-campanha para as legislativas.

Numa nota enviada à Lusa, David Neeleman faz alguns esclarecimentos face ao que considera serem "afirmações falsas" sobre a sua pessoa por parte do líder do PS, António Costa, no debate para as próximas eleições legislativas com o candidato do PSD, em que – cita o empresário – o também primeiro-ministro disse que o Estado comprou a companhia "'para prevenir precisamente que aquele privado que lá estava e que não merecia confiança, não daria cabo da TAP no dia em que fosse à falência'".

Sobre a TAP, Rio reafirmou que a intenção do PSD, se for Governo, será “na melhor oportunidade privatizar” a empresa, tal como tinha feito o anterior executivo PSD/CDS-PP.

O líder do PSD fez até um paralelo entre a situação da TAP e a do Novo Banco, onde também foi injetado “muito dinheiro” dos contribuintes e que considerou “um dossiê muito mal gerido” por parte do Governo.

“O principal erro do Governo aqui foi pagar aquelas faturas monstruosas com base em menos valias, sem assegurar que estas existiam”, afirmou.

Questionado se, caso perca as eleições, o PSD não votará a favor de eventuais novas recapitalizações da TAP e do Novo Banco, Rio recusou ser tão taxativo.

“Em princípio, diria que não, mas depois depende de muitas circunstâncias”, afirmou.