Na segunda-feira, num comício do PS, o dirigente histórico socialista Manuel Alegre visou a atuação do presidente do PSD a propósito do caso de Tancos e recusou “lições de moral de quem há alguns dias criticava a justiça de tabacaria e agora se arvora em justiceiro eleitoralista”.
“Se eu agora for comentar tudo aquilo que, quer o dr. António Costa, quer as pessoas do PS, vão dizendo sobre a campanha e sobre mim […] chegamos a sexta-feira no topo do disparate”, disse Rui Rio aos jornalistas.
À margem de um contacto com a população no centro da cidade de Lamego, distrito de Viseu, o líder social-democrata assinalou que “agora a tendência para o disparate é enorme até sexta-feira”, diz em que termina o período oficial de campanha para as eleições legislativas de 6 de outubro.
“Por isso, eu vou procurar manter-me em terceira, nunca meter a quarta e acelerar relativamente ao disparate, porque senão desprestigiamos um bocado a campanha”, vincou, ressalvando, no entanto, que sabe “que as campanhas são assim e têm um pouco de ser assim”.
Por isso, “eles dizem o que quiserem dizer e eu deixo-me estar, porque senão isto descredibiliza um bocado a campanha eleitoral”, insistiu.
Questionado também que o facto de o PS ter acusado o PSD de querer instrumentalizar a Comissão Permanente da Assembleia da República e de se ter manifestado contra a sua convocação para um debate sobre Tancos em vésperas de eleições legislativas, Rio respondeu apenas que “depois da conferência de líderes o grupo parlamentar trata disso”.
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