"Os militantes do Partido Social Democrata confiaram-me hoje, em eleições livres e diretas, a liderança nacional do nosso partido". Foram estas as primeiras palavras, do discurso de vitória, de Rui Rio, numa palavra repleta de apoiantes, enquanto novo presidente do PSD.
Num discurso consecutivamente interrompido pelo ambiente de festa na sala, que levava Rio a levantar o braço e a gritar o nome do partido, o novo líder do maior partido da oposição agradeceu a todos os que "tão empenhadamente" estiveram com ele, endereçando especiais agradecimentos a Francisco Pinto Balsemão, primeiro subscritor da sua candidatura, Nuno Morais Sarmento, David Justino, Paulo Mota Pinto, Salvador Malheiro, presidente da Câmara de Ovar e coordenador da campanha do antigo presidente da Câmara Municipal do Porto e ao "companheiro" Pedro Santana Lopes e a todos os que votaram nele.
“Quando em maio de 1974, Francisco Sá Carneiro fundou o PPD, acompanhado por um notável [conjunto] de personalidades, fizeram-no com um propósito: proporcionar à recém-nascida organização uma força político-partidária onde a maioria dos portugueses pudesse ver interpretada os seus ideais. Este é o ADN do PSD” . Rui Rio evocava assim Francisco Sá Carneiro, fundador do partido, para deixar um conjunto de avisos e mais um agradecimento.
Um agradecimento para a "história" a Pedro Passos Coelho, o líder que "teve de enfrentar a mais grave e longa crise que o país viveu nos últimos 40 anos".
Um aviso à esquerda, com a promessa de que a partir de fevereiro, altura em que se realiza o Congresso do Partido Social Democrata, iniciará "a construção de uma alternativa de governo à atual frente de esquerda que se formou no Parlamento. Uma alternativa capaz de dar a Portugal uma governação mais firme, mais corajosa capaz de enfrentar os grandes problemas estruturais com que há muito o país se confronta". Sublinhando que o "atual governo terá na nova liderança do PSD, uma posição firme e atenta, mas nunca demagogia populista, e nunca contra o interesse nacional".
E um aviso ao partido: "O PSD não foi fundado para ser um clube de amigos, nem foi pensado para ser uma agremiação de interesses individuais”.
Num discurso em que se falou de união, mas sobretudo de futuro, do partido e do país, Rio despediu-se com o desejo de construir "um futuro melhor", com base "numa sociedade mais justa e mais solidária".
Rui Rio será o 18.º presidente do PSD desde o 25 de Abril de 1974, sucedendo a Pedro Passos Coelho, eleito em 2010.
Comentários