“Apoiaremos essa visão, mas ela não é estrutural nem fundamental. O que é preciso é baixar os impostos sobre o trabalho”, afirmou Rui Rocha, em declarações aos jornalistas, durante uma visita às obras da Linha Amarela do Metro do Porto, em Vila Nova de Gaia.
O Conselho de Ministros aprovou, na quinta-feira, a proposta de lei que prorroga o IVA zero no cabaz de bens alimentares “essenciais” até final do ano.
Em declarações aos jornalistas, o líder da Iniciativa Liberal (IL) defendeu que a “receita extraordinária” que está a ser cobrada pelo Governo deveria ser canalizada para reduzir o IRS.
“É preciso baixar impostos. Temos essa posição desde sempre, mas tínhamos também uma visão de que o fundamental era baixar o imposto sobre o trabalho, o IRS. Essa é a parte central da nossa proposta neste momento e tem sido essa [descida do IRS] que temos defendido”, observou.
Para Rui Rocha, as soluções para melhorar a vida dos portugueses passam por três vertentes: “mais rendimento, mais acesso a habitação e mais mobilidade”.
“Temos visto um Partido Socialista completamente insensível e já não é à proposta da Iniciativa Liberal, deste partido ou daquele (…) é às necessidades dos portugueses”, referiu, dizendo que o primeiro-ministro “tem demonstrado que não ouve os portugueses”.
“Temos uma evidência que António Costa gere sozinho, gere sem ouvir ninguém e gere sobretudo numa ótica de propaganda, praticamente sem soluções para o país, e tentando fazer parecer que as medidas que vai apresentando são estruturais, resolvem os problemas e depois a constatação que temos é que é precisamente ao contrário”, afirmou, enumerando a falta de professores nas escolas públicas, a falta de médicos no Serviço Nacional de Saúde e a falta de creches para crianças.
Rui Rocha reforçou ainda que o pacote Mais Habitação deveria levar o primeiro-ministro “a fazer uma reflexão e a não ter esta teimosia que se alicerça numa maioria absoluta que às vezes é quase exercida como uma maioria absolutista”.
“Este pacote é aprovado contra os portugueses, a visão do Presidente da República, contra os partidos representados na Assembleia da República, mas mais do que isso é aprovado contra os portugueses que precisam de soluções de habitação”, acrescentou.
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