O Ministério da Defesa disse que as forças ucranianas dispararam na segunda-feira à noite “seis mísseis ATACMS de fabrico americano e seis mísseis de cruzeiro Storm Shadow de fabrico britânico” contra alvos na região de Bryansk.

Foram também usados “31 veículos não tripulados [‘drones’]”, afirmou o ministério num comunicado citado pela agência espanhola EFE.

De acordo com o ministério, todos os mísseis lançados pela Ucrânia contra a região russa que faz fronteira com a Ucrânia e a Bielorrússia foram abatidos pela defesa antiaérea russa sem causar vítimas.

Dois outros mísseis Storm Shadow foram destruídos nas últimas horas sobre o Mar Negro, segundo os militares russos.

“As ações do regime de Kiev, apoiado pelos seus senhores ocidentais, não ficarão sem resposta”, afirmou o ministério.

Há dez dias, as forças russas comunicaram o abate de oito mísseis ATACMS lançados pela Ucrânia contra a região fronteiriça de Belgorod.

Em novembro, Moscovo respondeu ao primeiro ataque de ATACMS contra território russo com o disparo do novo míssil balístico hipersónico Oreshnik contra uma fábrica militar na Ucrânia.

Foi a primeira e até agora única utilização do Oreshnik em condições de combate, embora os ataques de mísseis ocidentais em território russo se tenham repetido.

O Presidente dos Estados Unidos cessante, Joe Biden, autorizou em novembro a utilização dos mísseis ATACMS por Kiev, depois de se ter oposto durante muito tempo a pedidos ucranianos nesse sentido.

A autorização foi dada na sequência do destacamento, segundo o Ocidente e Kiev, de milhares de soldados norte-coreanos para apoiar as tropas russas na guerra contra a Ucrânia.

O Presidente russo, Vladimir Putin, chegou a ameaçar mandar atacar o centro de Kiev em resposta a ataques ucranianos com ATACMS ou Storm Shadows, mas até agora não concretizou tal ameaça.

Donald Trump, que vai suceder a Biden em 20 de janeiro, afirmou em dezembro que se opunha à utilização pela Ucrânia de mísseis ATACMS, invocando um agravamento do conflito.

As informações sobre o curso da guerra divulgadas pelas duas partes não podem ser verificadas de imediato por fontes independentes.

A guerra foi desencadeada pela invasão russa da Ucrânia ordenada em fevereiro de 2022 por Putin para “desmilitarizar e desnazificar” o país vizinho.

Desconhece-se o número de vítimas civis e militares em quase três anos de combates, mas diversas fontes, incluindo a Organização das Nações Unidas, têm admitido que será elevado.