“Estamos agradecidos por receber as vacinas Sputnik V da Federação Russa e tremendamente orgulhosos por poder oferecê-las na Plataforma Africana de Equipamentos Médicos”, disse o diretor do África CDC, John Nkengasong, acrescentando que “parcerias bilaterais e do setor privado, como estas, são críticas nos nossos esforços para terminar a pandemia de covid-19″.
O Grupo de Trabalho para Aquisição de Vacinas em África, criado pela União Africana para garantir a aquisição de vacinas para atingir uma imunização de 60% dos africanos, salientou também que as vacinas russas, que estarão disponíveis a partir de maio, são acompanhadas de um pacote de financiamento para os países que queiram adquirir estas vacinas.
Para além das 300 milhões de vacinas agora garantidas, o Grupo de Trabalho já assegurou 270 milhões de vacinas das farmacêuticas AstraZeneca, Pfizer e Johnson & Johnson.
“A partir de hoje, os 55 membros da União Africana podem começar o processo de pré-encomenda no site da Plataforma, usando o código do país que foi enviado aos ministros das Finanças e da Saúde”, segundo o comunicado conjunto da União Africana e do Banco Africano de Exportações e Importações (Afreximbank).
“Os Estados membros que queiram garantir financiamento devem procurar o Afreximbank através dos seus bancos centrais”, lê-se ainda no comunicado, que lembra que na semana passada o banco aprovou um financiamento de 2 mil milhões de dólares, cerca de 1,6 mil milhões de euros, para financiar a compra de vacinas para África.
África registou nas últimas 24 horas mais 454 mortes por covid-19, ultrapassando as cem mil mortes desde o início da pandemia (100.294), e 13.140 novos casos de infeção, segundo os dados oficiais mais recentes no continente.
De acordo com o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC), o número total de infetados nos 55 Estados-membros da organização é de 3.796.354 e o de recuperados nas últimas 24 horas é de 13.772, para um total de 3.346.404 desde o início da pandemia.
O primeiro caso de covid-19 em África surgiu no Egito, em 14 de fevereiro de 2020, e a Nigéria foi o primeiro país da África subsaariana a registar casos de infeção, em 28 de fevereiro.
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