“Os sistemas de defesa aérea existentes destruíram 36 veículos aéreos não tripulados ucranianos sobre o Mar Negro e a parte noroeste da península da Crimeia”, escreveu o Ministério da Defesa da Rússia no Telegram.
As autoridades locais do sul da região de Krasnodar, na fronteira com o Mar Negro, disseram que um incêndio eclodiu numa refinaria de petróleo nas primeiras horas de hoje, mas sem especificar a causa.
“As razões para o incidente estão a ser apuradas”, afirma um comunicado das autoridades locais, por entre alegações dos meios de comunicação social, de que o incêndio teria sido causado por um ataque de um drone ou por destroços de um drone abatido.
Os ataques com drones e os bombardeamentos nas regiões fronteiriças russas e na Crimeia anexada a Moscovo são uma ocorrência regular. As autoridades ucranianas nunca reconhecem a responsabilidade por ataques em território russo ou na península da Crimeia.
Por sua vez, a força aérea da Ucrânia afirmou hoje ter abatido cinco drones explosivos Shahed, de fabrico iraniano, lançados pela Rússia durante a noite.
Perto da linha da frente no leste do país, onde as forças ucranianas e russas estão envolvidas numa batalha pelo controlo, quatro polícias ficaram feridos quando um projétil disparado pelas tropas russas explodiu junto ao seu carro, na cidade de Siversk, localizada na província parcialmente ocupada de Donetsk.
De acordo com os serviços secretos britânicos, a Rússia sofreu neste fim de semana algumas das suas maiores baixas até agora, este ano, em resultado dos contínuos combates “pesados mas inconclusivos”, em torno da cidade de Avdiivka, também na província de Donetsk.
Nessa atualização que os serviços secretos do Ministério da Defesa do Reino Unido fazem ao sábado de manhã, indicaram que a Rússia tinha empenhado “elementos de até oito brigadas” na área, desde que lançou o seu “grande esforço ofensivo” em meados de outubro.
Também hoje, um aliado do presidente russo, Vladimir Putin, avisou que a Rússia poderá tomar medidas para confiscar bens dos Estados-Membros da União Europeia que considera hostis, caso a União Europeia prossiga com o seu plano de “roubar” fundos russos congelados para apoiar os esforços de reconstrução pós-guerra da Ucrânia.
“Vários políticos europeus (…) começaram mais uma vez a falar em roubar os fundos congelados do nosso país para continuar a militarização de Kiev”, escreveu no Telegram Vyacheslav Volodin, presidente da Duma, a câmara baixa do parlamento russo.
A declaração de Volodin é uma resposta ao anúncio feito na sexta-feira por Ursula von der Leyen, a presidente da Comissão Europeia, sobre uma proposta para utilizar os rendimentos dos ativos estatais russos congelados para apoiar a Ucrânia na sua reconstrução.
Volodin afirmou que Moscovo responderia com medidas que infligiriam custos significativos à UE se esta tomasse medidas contra os bens russos, uma parte considerável dos quais se encontra na Bélgica.
“Tal decisão exigiria uma resposta simétrica da Federação Russa. Nesse caso, serão confiscados muito mais ativos pertencentes a países hostis do que os nossos fundos congelados na Europa”, acrescentou Volodin.
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