A embaixadora britânica na Organização das Nações Unidas (ONU), Barbara Woodward, disse aos jornalistas que o primeiro-ministro, Rishi Sunak, tinha dado esta informação ao presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, durante um telefonema feito hoje.

“A nossa informação também indica que a Rússia colocou mais minas nas entradas dos portos ucranianos e estamos de acordo com a análise dos EUA de que isto é um esforço coordenado para justificar e culpar a Ucrânia por qualquer ataque contra barcos civis no Mar Negro”, disse Woodward.

A diplomata adiantou que o Conselho de Segurança da ONU vai reunir-se na quarta-feira a pedido da Ucrânia, para discutir os ataques russos contra Odessa e outras cidades portuárias e a sua rutura com a designada Iniciativa do Mar Negro, que facilitava a exportação de cereais ucranianos.

“Mais uma vez, apelamos à Rússia para que deixe de fazer refém o fornecimento mundial de alimentos e regresse ao acordo do Mar Negro””, disse Woodward, repetindo a solicitação feita na segunda-feira pelo secretário-geral da ONU, António Guterres.

Porém, os dirigentes russos responderam hoje que agora é “impossível” reiniciar o acordo, uma vez que, argumentaram, não se cumpriram os compromissos com a parte russa.

O Kremlin quer a religação do banco russo Rosseljozbank à rede bancária SWIFT, o levantamento de sanções aos sobresselentes das máquinas agrícolas, o desbloqueio da logística e seguros de transporte e o reinício da tubagem de transporte de amoníaco Togliatti-Odesa, que explodiu em 5 de junho.