“Em janeiro, tudo estará pronto para poder lançar o concurso, mas tendo em conta a atual situação política, o concurso só será lançado se o futuro líder do PS e o atual líder do PSD derem luz verde”, disse António Costa.

O líder do Governo demissionário falava aos jornalistas à margem da inauguração do Pavilhão de Portugal na 28.ª Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP28), que está a decorrer no Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.

Questionado se já tinha contactado o presidente do PSD sobre o projeto, António Costa disse já ter sinalizado a situação a Luís Montenegro, tendo ficado acordado que voltariam a discutir quando houvesse condições para lançar o concurso.

“Se houver luz verde avança, se não houver fica na pasta de transição e o próximo governo decidirá o que fazer”, afirmou.

O projeto de alta velocidade Lisboa-Porto, com um custo estimado de cerca de 4,5 mil milhões de euros, prevê uma ligação entre as duas cidades numa hora e 15 minutos, com paragem possível em Leiria, Coimbra, Aveiro e Gaia.

Paralelamente, está também a desenvolver-se a ligação Porto-Vigo, dependente da articulação com Espanha, com nova ligação ao Aeroporto Francisco Sá Carneiro e troço Braga-Valença (distrito de Viana do Castelo).

“É um projeto, creio que, consensual”, considerou António Costa, defendendo que a ligação entre as três cidades “é um primeiro passo para a inserção de Portugal na rede ibérica de alta velocidade” e reforça a aposta e transição para a ferrovia.