Está entre as 10 marcas mais valiosas do mundo, mas nos últimos anos tem assistido a uma diminuição das receitas. Segundo o presidente da McDonalds nos Estados Unidos, Chris Kempczinski, a empresa perdeu, nos últimos quatro anos, perto de 500 milhões de visitas para a concorrência, um número nada fácil de comunicar ao mercado. Mas o gigante da restauração sabe que tem armas e está longe de baixar os braços - e a estratégia com que planeia recuperar clientes e aumentar receitas foi o grande tema do encontro com investidores que se realizou esta quarta-feira, em Chicago. A partir de 2019 a empresa tem por objetivo aumentar o seu crescimento anual entre 3% e 5%.
Nas novidades apresentadas a maior aposta é no serviço de entregas ao domicílio, uma opção que a tanto a McDonalds como a concorrência já tem em alguns mercados, mas que a empresa quer agora reforçar. “O mercado de entregas é um mercado do tamanho de cem milhares de milhões de dólares e está a explodir”, disse a vice-presidente Lucy Brady e que está à frente desta nova estratégia da empresa. “Há oportunidades fantásticas que ainda não aproveitámos”, acrescenta.
Para a vice-presidente, esta aposta acaba por se tornar vantajosa para a companhia já que 75% da população dos cinco principais mercados da empresa vivem perto de um restaurante McDonald’s. "Estamos mais perto dos clientes do que qualquer outra companhia de restauração no mundo", afirmou.
Para melhorar e invar na sua oferta ao domicílio, a McDonalds tem estado a trabalhar com várias empresas, tanto da área da distribuição postal, como é o caso da Postmates Inc., como da tecnologia, como é o caso da Foodpanda ou da GrubHub, plataformas de encomenda online de refeições, ou da Uber Technologies.
Só no ano passado, o serviço de entregas gerou perto mil milhões de dólares para a empresa norte-americana, com as receitas sendo provenientes principalmente do Médio Oriente e da Ásia, onde alguns restaurantes já usufruem desta forma de distribuição.
Pedir e pagar através do telemóvel vai poder também ser uma realidade até ao final deste ano para alguns consumidores da empresa. Clientes de 20 mil restaurantes dos principais mercados da McDonald’s vão poder escolher o que consumir, pedir e efetuar pagamento pelo seu smartphone, não tendo que esperar fisicamente nas longas filas para as caixas, que para alguns são um clássico da hora de almoço.
Ao que a SAPO 24 apurou, através de fonte da McDonald's em Portugal, a empresa ainda não tem planos para apostar no serviço de entregas no nosso país. Por agora, vai estar reservado aos principais mercados de atuação da McDonald's: os Estados Unidos da América, a França, o Reino Unido, a Alemanha e o Canadá.
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