“A Suíça é um adversário muito complicado, tem um guarda-redes que joga muito bem com os pés e, quando eles têm a bola, são cinco jogadores para quatro dos nossos. Aí, tem que de haver um grande espírito de entreajuda para conseguirmos fazer as dobragens e creio que foi isso que aconteceu. Conseguimos ‘matar’ a maior parte das jogadas deles e saímos vencedores”, explicou Mário Narciso.
O técnico luso já esperava enormes dificuldades na final com os helvéticos: “Estamos habituados a estes jogos com a Suíça, que são sempre muito equilibrados e terminam com uma diferença de um ou dois golos, havendo sempre muitos”.
“Até já chegámos a ter uma das equipas a vencer por três ou quatro golos de diferença e a outra recupera. Aqui, estivemos a vencer por dois golos e eles recuperaram, portanto são sempre jogos de muitas emoções. Felizmente, caiu para o nosso lado e estou muito satisfeito por isso”, prosseguiu.
O selecionador nacional elogiou os seus jogadores pela motivação que os move, apesar de tantas conquistas, e considera que o futuro está assegurado com a emergência de jovens como Rodrigo Pinhal, Tiago Batalha, André Lourenço e Rúben Brilhante.
Por seu turno, Elinton Andrade, considerado mais uma vez o melhor guarda-redes da competição, reagiu com naturalidade a mais esta distinção.
“Já me perdi na quantidade de prémios individuais. Em 2016, ganhei cerca de 10. Em 2018, venci a ‘Luva de Ouro’, que foi algo pelo qual lutei bastante. Quando entro numa competição, entro sempre para ser campeão e vencer o prémio de melhor guarda-redes. Quero sempre ganhar tudo o que é possível”, frisou.
Quanto à conquista do sétimo título europeu da seleção, Andrade lembrou que “não é à toa” que Portugal é o primeiro classificado do ‘ranking’ mundial, que tem “o melhor jogador do mundo, Jordan, e até o melhor guarda-redes do mundo”, prémios dos quais “pouca gente fala”.
Já Belchior, outra das ‘pedras’ influentes da seleção lusa, considerou que Portugal fez “um grande jogo, mas pecou na finalização”, razão pela qual acabou por “sofrer um pouco” e vencer “apenas pela margem mínima”.
A seleção portuguesa revalidou hoje, na Nazaré, o título europeu, o sétimo do seu historial, ao vencer na partida decisiva a congénere suíça, por 5-4.
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