Os senadores aprovaram, com 80 votos a favor e 17 contra, este plano negociado na véspera entre o Presidente, Donald Trump, e os responsáveis da oposição democrata no Congresso, apesar das reticências dos líderes da maioria republicana.
O texto deverá agora regressar rapidamente à Câmara dos Representantes, a câmara baixa do parlamento dos Estados Unidos, para a sua adoção definitiva.
Os fundos de emergência para o Texas, inundado e destruído pelo furacão Harvey, cifram-se em 15,25 mil milhões de dólares (12,69 mil milhões de euros), um valor muito superior aos 7,85 mil milhões (6,53 mil milhões de euros) adotados separadamente na quarta-feira na Câmara dos Representantes.
O limite da dívida, que deverá ser atingido ‘de facto’ no final de setembro, será suspenso até 08 de dezembro, afastando até essa data qualquer risco de incumprimento por falta de liquidez.
Até 08 de dezembro, o Estado federal será financiado pelo início do ano orçamental de 2018, que começa a 01 de outubro, pelo que não haverá risco de encerramento das instituições da administração pública em outubro.
Os líderes republicanos estavam de acordo na generalidade, mas queriam aumentar o limite da dívida até ao fim de 2018, para não terem de reabrir o dossier tão cedo, mas Trump não os escutou, desejoso de evitar qualquer crise.
Esta lei “três em um” irritou, contudo, os congressistas mais conservadores, que consideraram ter sido uma maneira de os fazer engolir o aumento do limite da dívida associando-lhe a ajuda para as vítimas do Harvey.
Expressaram o seu desacordo e deverão ser várias dezenas a optar pelo ‘não’ na última votação na Câmara dos Representantes.
Mas a lei deverá sobreviver, graças aos votos da minoria democrata e de muitos republicanos moderados.
No Senado, até o senador ultraconservador Ted Cruz, do Texas, votou a favor do compromisso.
Os 15,25 mil milhões de dólares (12,69 mil milhões de euros) de ajuda permitirão dar um novo fôlego (7,4 mil milhões de dólares, ou 6,15 mil milhões de euros) à Agência Federal de Situações de Emergência (FEMA), a um programa de subsídios do ministério da Habitação e do Desenvolvimento Urbano (7,4 mil milhões de dólares, ou 6,15 mil milhões de euros) e a um outro para empréstimos a pequenas empresas após uma catástrofe (450 milhões de dólares, ou 374 milhões de euros).
Trata-se apenas de um adiantamento, estimando-se que a fatura total do Harvey ultrapasse os 100 mil milhões de dólares, segundo os congressistas norte-americanos.
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