“É sabido como o Governo acredita na necessidade estratégica de uma indústria da defesa nacional, ou com forte componente nacional, dando prioridade, também é público, ao duplo uso de que o setor aeronáutico é, creio que indiscutivelmente, um motor privilegiado”, disse.
José Azeredo Lopes, que falava na sessão de encerramento do primeiro dia da cimeira aeronáutica “Portugal Air Summit”, que decorre até domingo em Ponte de Sor (Portalegre), sublinhou ainda que este setor é um veículo que reforça também em Portugal o emprego qualificado.
“É sabido como considero esta indústria [aeronáutica] um instrumento relevante e cada vez mais relevante, não só para garantir autonomia das Forças Armadas, mas também para gerar valor acrescentado na economia nacional, mantendo e até reforçando o emprego qualificado”, considerou.
Na sua intervenção, o ministro da Defesa afirmou ainda que as Forças Armadas e, em particular a Força Aérea Portuguesa (FAP), “estão cada vez mais envolvidas, e cada vez de forma mais eficiente, em missões de interesse público”.
Como exemplo, Azeredo Lopes aludiu ao exercício da Autoridade Nacional de Proteção Civil, realizado no sábado passado, na zona de Cinfães (Viseu), em que a FAP utilizou uma aeronave não tripulada para detetar fogos florestais.
“Não deixa de ser curioso que, nesse exercício, aquela aeronave tenha, em tempo real, detetado um incêndio. Não foi lá para isso, mas detetou um incêndio no decurso do exercício”, relatou.
Segundo o ministro, o desenvolvimento de programas que capacitem as Forças Armadas, juntando a comunidade académica, a indústria e a Defesa, tem “uma importância capital”, porque permite um “duplo uso, militar a comercial”.
José Azeredo Lopes considerou ainda o “Portugal Air Summit” como uma iniciativa “meritória” para a região e para o país.
“A indústria aeronáutica tem na inovação e na atualização uma espécie de segunda pele, de segunda natureza. E esta é uma iniciativa que nos permite acompanhar a evolução do setor, uma iniciativa que se propõe fomentar a sua divulgação nacional e internacional e estabelece, definitivamente, Portugal como um ‘major player’ no panorama internacional desta indústria”, disse.
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