“Estivemos reunidos na sexta-feira com a ministra [do Mar] que nos pediu mais um esforço para levantar a greve e resolvermos o problema. Mais tarde, houve uma abertura por parte da empresa em discutir os pontos que estavam a impedir a assinatura do acordo”, explicou hoje à agência Lusa o presidente do Sindicato XXI, Joaquim Palheiro.
De acordo com o dirigente sindical, “os advogados das duas partes estão a reformular a redação das duas cláusulas referentes aos aumentos salariais que impediam o acordo entre o sindicato e a empresa".
"Vamos ver se conseguimos levar isto a plenário e os trabalhadores aceitam”, sublinhou, indicando que, se no plenário convocado para o dia 27 deste mês, os trabalhadores não aceitarem esta nova redação, regressa a greve.
A greve, às últimas três horas de cada turno, foi o último recurso do sindicato que recusava assinar “o aumento automático de 7% ao ano”, enquanto a empresa PSA Sines “exigisse uma série de regras e de alterações, caso aplicasse as novas tabelas salariais”.
“A empresa aceitou rever duas cláusulas (4 e 6) do acordo referente às novas tabelas salariais, porque houve abertura do sindicato em levantar a greve. O conflito tem-se arrastado porque há situações que são do acordo de empresa e não das tabelas e até agora a empresa nunca tinha percebido isso”, acrescentou.
Outra das condições impostas pelo sindicato para suspender a greve diz respeito à manutenção dos “20 trabalhadores que foram informados da não renovação de contrato no final deste mês”.
“Dissemos à ministra do Mar que os 20 trabalhadores que estão à espera de sair no final deste mês têm de se manter na empresa", disse o dirigente do sindicato, que representa os trabalhadores portuários, no Terminal de Contentores do porto de Sines.
Fonte da empresa PSA Sines disse à Lusa que o sindicato desconvocou a greve no sábado, com efeitos a partir das 00:00 de domingo, mas escusou-se a comentar as negociações em curso.
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