“A proposta é não haver serviços mínimos, uma vez que o que nós estamos a propor é fazer aquilo que nos obriga a lei, as 40 horas semanais e penso que da parte da Antram […] vai também constar alguma coerência a nível negocial, declarando não haver necessidade de serviços mínimos”, disse Francisco São Bento, que falava aos jornalistas à entrada para uma reunião na Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT), em Lisboa.
A Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (Antram) e o Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) vão estar hoje reunidos na DGERT para discutir os serviços mínimos para a greve ao trabalho extraordinário, marcada para setembro.
Francisco São Bento afirmou estar confiante de que a associação patronal irá demonstrar, na reunião de hoje, “boa-fé negocial”, permitindo que as duas partes avancem para a negociação.
O responsável vincou ainda que os motoristas vão cumprir as nove horas de trabalho, incluindo a pausa para almoço, conforme estipula a lei, e que vão ser assegurados, durante esse período, todos os serviços.
“Se a Antram e o sindicado declararem não haver necessidade de serviços mínimos, penso que não será o Governo a discordar dessa situação”, notou.
Só após esta reunião, e caso não haja entendimento, é que o Governo pode interferir.
Entre 7 e 22 de setembro, os motoristas de matérias perigosas vão fazer greve às horas extraordinárias, fins de semana e feriados.
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